Querido amor meu,
Escrevo para te dizer que nunca te esqueci, que ainda estás debaixo da minha pele.
Tens estado apenas adormecido, mas a tua respiração é pesada, e como se isso não bastasse, tudo à minha volta me vai relembrando que ainda aí estás, como se me fosse possível esquecer-te.
Nunca te esqueço, nunca deixo de te querer bem, de te desejar o melhor do mundo.
Amo-te, e por muito que viva, nunca vou esquecer tudo o que já fomos, tudo o que eu desejava que ainda fôssemos.
Ah, como eu desejava pertencer aqui, poder aninhar-me entre os teus braços, poder chamar-te meu. De qualquer maneira, és meu como nunca vais poder ser de mais ninguém; estás pregado a mim de uma forma irreversível e impossível.
Como eu desejava ser digna da tua perfeição. Como eu desejava poder entrar dentro do mundo onde tu "flutuas como uma pluma."
És impossivelmente lindo.
Eu deveria saber que as coisas perfeitas são para mim inalcançáveis, mas eu nunca pude evitar, apesar das minhas vãs - patéticas! - tentativas.
Não sei até que medida é que isto é uma despedida, mas eu nunca acreditei que pudesses desaparecer da minha vida (e talvez seja aí que reside todo o problema.)
29.11.10
28.9.10
Não me vou embora
As recordações brilhantes atacaram-me outra vez, e com uma força tremenda.
Lembras-te, amor meu? Lembras-te daquela noite em que disseste
Que não podias estar sem mim? Que eu era o teu doce de laranja? (ou outro fruto qualquer?)
Lembras-te de como trocávamos palavras em segredo?
Lembras-te, porventura, das noites clandestinas, em que eu fugia para falar contigo,
Às escondidas?
Pois eu lembro-me de tudo.
Lembro-me do brilho dos meus olhos.
Lembro-me do meu sorriso inextinguível.
E lembro-me de ti, e de como eras pequenino, nessa altura.
Eu não me fui embora nunca,
E estou a dizer-te que nunca me irei embora.
Que esperarei por ti, que ficarei contigo, sempre que quiseres.
Porque mudaste a minha vida de uma maneira que não consigo - nem desejo - explicar.
Lembras-te, amor meu? Lembras-te daquela noite em que disseste
Que não podias estar sem mim? Que eu era o teu doce de laranja? (ou outro fruto qualquer?)
Lembras-te de como trocávamos palavras em segredo?
Lembras-te, porventura, das noites clandestinas, em que eu fugia para falar contigo,
Às escondidas?
Pois eu lembro-me de tudo.
Lembro-me do brilho dos meus olhos.
Lembro-me do meu sorriso inextinguível.
E lembro-me de ti, e de como eras pequenino, nessa altura.
Eu não me fui embora nunca,
E estou a dizer-te que nunca me irei embora.
Que esperarei por ti, que ficarei contigo, sempre que quiseres.
Porque mudaste a minha vida de uma maneira que não consigo - nem desejo - explicar.
12.8.10
Liberta-me
Não sei nada de ti há tanto tempo.
Por onde andas, minha luz, minha escuridão, meu horizonte e meu mar azul?
Não te escondas nas labaredas da tua solidão,
Não me deixes a mim dentro deste fogo inaudível,
Porque eu não sou capaz de me libertar sozinha, eu preciso de ti.
Eu preciso de ti para sobreviver dentro destas chamas,
Porque elas gritam um só nome: o teu.
Por onde andas, minha luz, minha escuridão, meu horizonte e meu mar azul?
Não te escondas nas labaredas da tua solidão,
Não me deixes a mim dentro deste fogo inaudível,
Porque eu não sou capaz de me libertar sozinha, eu preciso de ti.
Eu preciso de ti para sobreviver dentro destas chamas,
Porque elas gritam um só nome: o teu.
28.6.10
far away from the memories, but still missing them
sinto a tua falta todas as manhãs, quando acordo,
e, naturalmente, todas as noites, antes de adormecer;
não sem antes ter sentido a tua falta durante todo o dia.
mas não te esqueço, nunca te esqueço,
e sei que ninguém te poderá afastar de mim, porque ao meu pensamento pertences.
24.6.10
Desta vez, vou...
"Desta vez, vou ter calma, vou ser forte, vou conseguir."
Acho que foi esta a mensagem, o ponto de partida para que eu me superasse a mim mesma: uma simples mensagem de auto-conselho, escrita num simples post-it amarelo. E consegui! :)
Acho que foi esta a mensagem, o ponto de partida para que eu me superasse a mim mesma: uma simples mensagem de auto-conselho, escrita num simples post-it amarelo. E consegui! :)
15.6.10
Quem me dera
Quem me dera ter-te aqui, apenas o tempo de te ouvir sussurrar ao meu ouvido "tu és capaz".
A minha fé em ti é tão grande, acho que é semelhante àquela que tenho em mim também.
A minha fé em ti é tão grande, acho que é semelhante àquela que tenho em mim também.
10.6.10
Meu amor, eu sou tua
E vou ser tua até que as estrelas caiam do céu
Tua até que todos os rios corram secos
Por outras palavras, até eu morrer
Meu amor, eu sou tua
E vou ser tua até que o sol páre de brilhar
Tua até que os poetas não rimem
Por outras palavras, até ao fim dos tempos
(...)
Meu amor, eu sou tua
E vou ser tua até que dois e dois sejam quatro
Tua até que as montanhas se desfaçam no mar
Por outras palavras, até à eternidade
(...)
Baby I'm Yours , Arctic Monkeys (traduzido/adaptado)
31.5.10
21.5.10
quando temos intenção de fazer uma coisa, e não a fazemos porque, simplesmente, tivemos falta de oportunidade, a intenção prevalece, não é?
o meu coração diz-me que sim. e diz-me que, um dia, vou ter a oportunidade que tentei agarrar bem firme entre as minhas mãos. essa e mais um milhão.
porque, amor, eu não desisti, ainda.
o meu coração diz-me que sim. e diz-me que, um dia, vou ter a oportunidade que tentei agarrar bem firme entre as minhas mãos. essa e mais um milhão.
porque, amor, eu não desisti, ainda.
28.4.10
23.4.10
uma nova primavera
sabes, amor, que a última primavera já se foi embora?
eu quis prendê-la, mas ela esquivou-se, sozinha,
e agora enviou uma sua substituta, após trezentos e sessenta e quatro dias,
que eu me recuso, em vão, receber.
porque este doce rumor das flores-de-laranjeira lembra-me de ti.
eu quis prendê-la, mas ela esquivou-se, sozinha,
e agora enviou uma sua substituta, após trezentos e sessenta e quatro dias,
que eu me recuso, em vão, receber.
porque este doce rumor das flores-de-laranjeira lembra-me de ti.
13.4.10
estes dias de sol deviam trazer-me felicidade,
estes dias, dos quais apenas receio encontrar o azul.
o azul que tento evitar, porque me trás memórias
por que me trás aquilo que tento evitar
memórias que quero amadurecer antes de poder pensá-las
porque pensar dói como uma ferida aberta exposta à humidade do luar.
pensar queima-me por dentro,
e dói ver todos os meus órgãos ceder à combustão inevitável,
a minha alma arde enquanto o meu corpo se mantém impassível,
fingindo não sentir dor alguma,
como se não estivesse eu prostrada perante um destino desconhecido,
do qual tenho medo, do qual fujo, pelo qual choro.
eu podia fingir o amor por uma hora e tal,
podia fingir-me capaz de fingi-lo
mas se triste é não saber fingir,
mais triste é pensar a possibilidade de tentar.
Rita , mas quem será a Rita.
estes dias, dos quais apenas receio encontrar o azul.
o azul que tento evitar, porque me trás memórias
por que me trás aquilo que tento evitar
memórias que quero amadurecer antes de poder pensá-las
porque pensar dói como uma ferida aberta exposta à humidade do luar.
pensar queima-me por dentro,
e dói ver todos os meus órgãos ceder à combustão inevitável,
a minha alma arde enquanto o meu corpo se mantém impassível,
fingindo não sentir dor alguma,
como se não estivesse eu prostrada perante um destino desconhecido,
do qual tenho medo, do qual fujo, pelo qual choro.
eu podia fingir o amor por uma hora e tal,
podia fingir-me capaz de fingi-lo
mas se triste é não saber fingir,
mais triste é pensar a possibilidade de tentar.
Rita , mas quem será a Rita.
8.4.10
6.4.10
1.4.10
21.3.10
19.3.10
14.3.10
meu anjo,
o que mais me atormenta são os passos que dás todos os dias, sem eu ver.
as coisas que fazes, sem mim.
os risos que partilhas com alguém que não sou eu.
tenho uma inveja doentia das coisas (e das pessoas) para onde olhas,
pois elas recebem, pelo menos, a atenção de um olhar teu.
e eu sou a pessoa mais feliz do mundo quando olhas para mim,
mesmo quando isso só acontece nos meus devaneios.
eu sinto-me a flutuar quando trocas algumas palavras comigo, mesmo quando não estamos a falar de nós,
mesmo quando são só conversas de cirscunstância.
mas eu, no fim de contas, sou uma pessoa de sorte imensa
por te ter conhecido
por ser, de alguma forma, contemplada no teu doce pensamento,
por ser tua amiga, por saber que não me esqueces
por ter sido olhada por ti, com os teus olhos
por te poder recordar
por ninguém te poder tirar de mim
porque vives sempre em mim
na minha cabeça e no meu coração,
debaixo da minha pele
porque nunca te esquecerei,
contigo aprendi tantas coisas, ensinaste-me tanto.
porque te amo mais do que a vida.
10.3.10
9.3.10
As days go by and fade to nights I still question why you left / I wonder how it didn't work out, but now you're gone and memories all I have for now / But no, it's not over, we'll get older, we'll get over, we'll live to see the day that I hope for / Come back to me, I still believe that we'll get it right again, we'll come back to life again, we won't say another goodbye again, you'll live forever with me. Someday, someday, we'll be together (...)
Someday, John Legend (adaptado)
Eu ouço o que as pessoas dizem, e vou concordando com elas, mas ainda acredito em ti, em nós. Ainda acredito que, um dia, vamos estar de novo juntos. Que vou olhar-te nos olhos uma vez mais, que vou amar-te com o meu olhar, outra vez. Já te disse que te amo?
7.3.10
6.3.10
uma carta de amor
antes de adormecer, gosto de ler cartas de amor. mesmo que tenham sido escritas em tempos diferentes, para outras pessoas, noutras realidades. ontem, li uma, duas ou três. a de que gostei mais dizia assim:
17.4.71
Meu amor querido
Adoro-te minha gata de Janeiro meu amor minha gazela meu miosótis minha estrela aldebaran minha amante minha Via Láctea minha filha minha mãe minha esposa minha margarida meu gerânio minha princesa aristocrática minha preta minha branca minha chinezinha minha Paulina Bonaparte minha história de fadas minha Ariana minha heroína de Racine minha ternura meu gosto de luar meu Paris minha fita de cor meu vício secreto minha torre de andorinhas três horas manhã minha melancolia minha polpa de fruto meu diamante meu sol meu copo de água minhas Escadinhas da Saudade minha morfina ópio cocaína minha ferida aberta minha extensão polar minha floresta meu fogo minha única alegria minha América e meu Brasil minha vela acesa minha candeia minha casa meu lugar habitável minha mesa posta minha toalha de linho minha cobra minha fuga de andor meu anjo de Boticelli meu mar meu feriado meu domingo de Ramos meu Setembro de vindimas meu moinho no monte meu vento norte meu sábado à noite meu diário minha história de quadradinhos meu recife de Manuel Bandeira minha Passagarda meu templo grego minha colina meu verso de Holderlin meu gerânio meus olhos grandes de noite minha boca macia dupla como uma conhca fechada (...) minhas palavras segregadas meu vaso etrusco minha sala de castelo espelhada meu jardim minha excitação de risos (...) minha eterna adolescente minha pedra brunida meu pássaro no mais alto ramo da tarde meu voo de asas minha ânfora meu pão de ló minha estrada minha praia de Agosto minha luz caiada meu muro meu soluço de fonte meu lago minha Penélope meu jovem rio selvagem meu crepúsculo minha aurora entre ruínas minha Grécia minha maré cheia minha muralha contra as ondas meu véu de noiva minha cintura meu pequenino queixo zangado minha transparência de tules minha taça de oiro minha Ofélia meu lírio meu perfume de terra meu corpo gémeo meu navio de partir minha cidade meus dentes ferozmente brancos minhas mãos sombrias minha torre de Belém meu Nilo meu Ganges meu templo hindu minha areia entre os dedos minha aurora minha harpa meu arbusto de sons meu país minha ilha minha porta para o mar meu mangerico meu cravo de papel minha Madragoa minha morte de amor minha Ana Karénine minha lâmpada de aladino minha mulher
António Lobo Antunes, D'este viver aqui neste papel descripto - Cartas da Guerra
2.3.10
desperdiçar vida
dei-me conta de que estou a gastar todos estes anos sem ti. sim, estou a gastá-los, porque, sem ti, viver não é viver completamente; é como se fosse uma meia-vida que só se tornaria completa se viesses para mim. mas sei que continuar à tua espera é a atitude acertada porque, não sei como, todos os caminhos do mundo me levam de volta a ti. e quando tentei viver sem ti, tu apareceste para mim. és o meu amor sem fim, e eu amo-te daqui até ao céu por me fazeres amar-te cada vez mais, cada dia mais loucamente. se me perguntas como é possível, dir-te-ei apenas que não sei, são mistérios da minha cabeça, que não têm resposta, por enquanto. não me vês, não me ouves, mas sabes que estou sempre aqui, qual bela adormecida esperando pelo seu príncipe, no cavalo branco que disseste não ter, com os teus caracóis ao vento, talvez. só tu continuas a fazer com que eu me sinta viva, só eu consigo ver os teus olhos brilhar na minha cabeça, todos os dias, só eu consigo repetir o som do teu riso mil vezes, sem me esquecer, nas minhas memórias.
o melhor, amor meu, é que a cidade foi testemunha do meu amor incessante por ti, testemunha daqueles risos e do abraço que te quis dar.
nunca, nunca te esqueças de mim.
sempre tua, tua até ao fim dos tempos,
Rita.
o melhor, amor meu, é que a cidade foi testemunha do meu amor incessante por ti, testemunha daqueles risos e do abraço que te quis dar.
nunca, nunca te esqueças de mim.
sempre tua, tua até ao fim dos tempos,
Rita.
22.2.10
a smile to die for
eu não deixo que a tristeza me invada, pois tenho a recordação do teu sorriso sempre na minha cabeça.
os teus olhos são a imagem mais frequente no meu pensamento; eu morreria por eles.
a tua, sempre tua, para sempre tua,
Rita
os teus olhos são a imagem mais frequente no meu pensamento; eu morreria por eles.
a tua, sempre tua, para sempre tua,
Rita
18.2.10
amo-te, sonho
é estranho porque antes de adormecer, eu pedi que me deixassem sonhar contigo - porque já não consigo suportar as saudades de não te falar, de não te ver; queria, ao menos, sonhar com o teu rosto, ver-te, ao menos, em sonhos -, e esse desejo concretizou-se. consegui, ao fim de tanto tempo, sonhar contigo! se porventura o sonho não tivesse sido interrompido pelas malditas sete da manhã, penso que teria conseguido ver-te. mas não, apenas as tuas palavras apareceram no sonho. hoje, vou desejar ainda com mais força, e talvez consiga ver-te. até logo, meu amor. espera por mim, encontramo-nos ao adormecer.
eu amo-te.
12.2.10
Sol
Como é do conhecimento geral, o sol nasce todos os dias.
Para uns mais brilhante, para outros menos,
Uns dias mostrando-se esplendoroso, outros dias escondendo-se atrás daqueles
Pedaços de algodão que inundam o céu,
Mas chega sempre, está lá sempre.
É como o meu amor por ti.
8.2.10
meu amor muito querido
meu amor muito querido,
por favor por favor por favor, vivas o que viveres, nunca te esqueças de mim.
eu nunca nunca me esquecerei de ti,
e assim viveremos em harmonia, se porventura não nos encontrarmos,
enquanto não nos encontrarmos.
4.2.10
compensação
amo-te tanto tanto tanto tanto tanto tanto tanto tanto,
talvez mais do que o céu azul num sábado de manhã, espelhado no chão do meu quarto.
ah, porquê a mim?
se é um privilégio poder sonhar-te,
porque fui eu contemplada com tão doce prémio?
1.2.10
quem sou eu, outra vez.
30.1.10
Quote
Fazia parte da secção "O Coração na Mão", e era uma história supostamente verídica sobre a primeira estada em Paris do jovem Rainer Maria Rilke:
O poeta costumava passear - acompanhado de uma rapariga - por uma praça onde costumava estar uma mendiga com a mão estendida. A mulher estava sempre sentada no mesmo sítio, sem olhar para os trausentes nem lhes implorar uma esmola, e também não agradecia quando recebia algum donativo. Embora a sua amiga lhe desse muitas vezes uma moeda, Rilke nunca dava esmola à mulher. Uma vez, a jovem perguntou ao poeta porque é que ele não lhe dava nada, ao que este respondeu:
- É o coração dela que precisa de uma prenda, não a sua mão.
Dias depois, Rilke depositou uma rosa na mão gretada da mendiga. Então aconteceu algo inesperado: a mulher levantou o olhar, e, depois de beijar efusivamente a mão do poeta, saiu do lugar brandindo a rosa. O canto da mendiga permaneceu vazio durante uma semana inteira, após a qual voltou a ser ocupado:
- Mas, do que é que ela viveu todos estes dias, se não esteve na praça a pedir? - perguntou a rapariga.
Ao que Rilke respondeu:
- Da rosa.
Amor em Minúsculas, Francesc Miralles, Contraponto, p. 234
25.1.10
é esta a forma do meu coração.
Olá, meu amor.
Como vão os teus dias?
A que sonhos tens aspirado, sem mim?
Com que ternuras me recordas, ao fim de tanto tempo?
Porque te deixei eu, novamente, partir, sem mim, para essa terra de ninguém
Que nunca te conhecerá.
Nem tu, porventura, a conheces ainda,
Mas os segredos que encerras são, todavia, mais profundos.
Os teus segredos sei-os bem
Aqueles que ficaram sempre junto de mim,
Aqueles que eu nunca ousei, sequer, murmurar.
Pois o meu coração encontra-se fechado às tuas ordens
E, dentro dele, jazem os teus sonhos, as tuas vontades,
O teu próprio sangue.
22.1.10
cão azul
Um cão invulgar
Apareceu às portas da cidade.
As pessoas fugiram, correndo,
Brandindo pedras e atirando insultos ao pobre animal
Apenas porque ele era azul.
E quando um doce rapaz
Veio, enfim, socorrê-lo
Trazendo-o nos braços pelas ruas
As pessoas fugiram, mais uma vez
E nunca mais falaram ao pobre rapaz
Apenas porque ele foi capaz de distinguir
O azul do cinzento
E porque achou mais bonito este primeiro.
(Aprecio muito todos os comentários, obrigada.)
Apareceu às portas da cidade.
As pessoas fugiram, correndo,
Brandindo pedras e atirando insultos ao pobre animal
Apenas porque ele era azul.
E quando um doce rapaz
Veio, enfim, socorrê-lo
Trazendo-o nos braços pelas ruas
As pessoas fugiram, mais uma vez
E nunca mais falaram ao pobre rapaz
Apenas porque ele foi capaz de distinguir
O azul do cinzento
E porque achou mais bonito este primeiro.
(Aprecio muito todos os comentários, obrigada.)
21.1.10
poderia fazer parte da banda sonora da minha vida
When I see myself I'm seeing you too
As long as I remember and I'm feeling like I knew
That my jokes aren't funny, the truth isn't true
If there was no you
(...)
Out on your way the darkest night the longest day
I know what to say to make you laugh
And nothing you could do
Could make me turn my back on you.
If There Was No You, Brandi Carlile.
18.1.10
Oito versos, oito meses.
E aqui estou eu, mais uma vez,
A contemplar-te no meu pensamento.
Soas-me hoje estranhamente distante,
Vislumbro cansaço na ruga que te franze a testa
Como se uma nuvem cinzenta te cobrisse
O rosto, esses olhos brilhantes
Que normalmente iluminam a noite mais escura.
Quem me dera saber onde estás agora.
Mais uma vez, consigo recordar cada pormenor teu,
O teu sorriso, o teu cabelo ao vento, os teus olhos fixados em mim.
Consigo ouvir a tua voz num eco dentro da minha cabeça,
E consigo quase sentir o teu toque, imaginar o que dirias neste momento.
Deliro com pensamentos turvos, mil palavras encravadas no meu peito.
Olho à minha volta, ninguém está a observar-me,
Mas eu observo todos, à tua procura, procuro alguém que se assemelhe a ti,
Ainda que vagamente... mas não há, não pode haver ninguém igual a ti.
Sinto a tua falta agora mais do que nunca,
Todos os dias mais,
Todos os dias mais delirantemente.
Quero perceber que preocupação é essa que trazes hoje contigo,
Que impede que os teus olhos brilhem para mim.
Quero perceber onde estás, o que fazes, o que olhas,
O que respiras.
Porque eu hoje só consigo respirar-te a ti, pensar em ti, olhar-te a ti.
A contemplar-te no meu pensamento.
Soas-me hoje estranhamente distante,
Vislumbro cansaço na ruga que te franze a testa
Como se uma nuvem cinzenta te cobrisse
O rosto, esses olhos brilhantes
Que normalmente iluminam a noite mais escura.
Quem me dera saber onde estás agora.
Mais uma vez, consigo recordar cada pormenor teu,
O teu sorriso, o teu cabelo ao vento, os teus olhos fixados em mim.
Consigo ouvir a tua voz num eco dentro da minha cabeça,
E consigo quase sentir o teu toque, imaginar o que dirias neste momento.
Deliro com pensamentos turvos, mil palavras encravadas no meu peito.
Olho à minha volta, ninguém está a observar-me,
Mas eu observo todos, à tua procura, procuro alguém que se assemelhe a ti,
Ainda que vagamente... mas não há, não pode haver ninguém igual a ti.
Sinto a tua falta agora mais do que nunca,
Todos os dias mais,
Todos os dias mais delirantemente.
Quero perceber que preocupação é essa que trazes hoje contigo,
Que impede que os teus olhos brilhem para mim.
Quero perceber onde estás, o que fazes, o que olhas,
O que respiras.
Porque eu hoje só consigo respirar-te a ti, pensar em ti, olhar-te a ti.
12.1.10
Prefiro rosas
Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.
Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.
Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outra vença,
Se a aurora raia sempre,
Se cada ano com a Primavera
As folhas aparecem
E com o Outono cessam?
E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?
Nada, salvo o desejo de indif 'rença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.
Ricardo Reis, in Odes, Ed. Ática
10.1.10
as tuas palavras
E foi assim que a história começou,
Tu roubaste a minha tristeza e a minha dor,
Só com palavras e com promessas.
Palavras e promessas,
Palavras e promessas.
Os dias e os meses foram passando,
E as tuas palavras estiveram sempre comigo.
E mesmo agora, passado mesmo muito tempo,
Consigo ir ao fundo da minha memória buscar todos os pedaços quebrados de palavras
Que aconchegaram o meu coração, e que por lá se deixaram ficar.
E é nelas que ainda penso quando
O mundo se torna pesado demais para que eu o possa carregar nos meus ombros
É a essas palavras que ainda vou buscar a minha força, a minha coragem...
Porque o Mundo sem palavras é cruel, é mau.
Porque o Mundo sem as tuas palavras é irrespirável, meu amor.
Tu roubaste a minha tristeza e a minha dor,
Só com palavras e com promessas.
Palavras e promessas,
Palavras e promessas.
Os dias e os meses foram passando,
E as tuas palavras estiveram sempre comigo.
E mesmo agora, passado mesmo muito tempo,
Consigo ir ao fundo da minha memória buscar todos os pedaços quebrados de palavras
Que aconchegaram o meu coração, e que por lá se deixaram ficar.
E é nelas que ainda penso quando
O mundo se torna pesado demais para que eu o possa carregar nos meus ombros
É a essas palavras que ainda vou buscar a minha força, a minha coragem...
Porque o Mundo sem palavras é cruel, é mau.
Porque o Mundo sem as tuas palavras é irrespirável, meu amor.
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