18.1.10

Oito versos, oito meses.

E aqui estou eu, mais uma vez,
A contemplar-te no meu pensamento.
Soas-me hoje estranhamente distante,
Vislumbro cansaço na ruga que te franze a testa
Como se uma nuvem cinzenta te cobrisse
O rosto, esses olhos brilhantes
Que normalmente iluminam a noite mais escura.
Quem me dera saber onde estás agora.

Mais uma vez, consigo recordar cada pormenor teu,
O teu sorriso, o teu cabelo ao vento, os teus olhos fixados em mim.
Consigo ouvir a tua voz num eco dentro da minha cabeça,
E consigo quase sentir o teu toque, imaginar o que dirias neste momento.
Deliro com pensamentos turvos, mil palavras encravadas no meu peito.
Olho à minha volta, ninguém está a observar-me,
Mas eu observo todos, à tua procura, procuro alguém que se assemelhe a ti,
Ainda que vagamente... mas não há, não pode haver ninguém igual a ti.

Sinto a tua falta agora mais do que nunca,
Todos os dias mais,
Todos os dias mais delirantemente.
Quero perceber que preocupação é essa que trazes hoje contigo,
Que impede que os teus olhos brilhem para mim.
Quero perceber onde estás, o que fazes, o que olhas,
O que respiras.
Porque eu hoje só consigo respirar-te a ti, pensar em ti, olhar-te a ti.

2 comentários:

  1. gosto. Tens aquele jeitinho.
    Por piores que as coisas estejam consegue criar sempre estes pedaçinhos de arte *.*`beijinho

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  2. Gosto como escreves. Não te conheço, mas deves estar apaixonada e bem... ^^
    O teu blog tem qualquer coisa de especial, parabéns! Escreve mais vezes. :)

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