17.8.11

divagação sobre uns olhos verdes de gato selvagem

Tenho uma paixão por olhos de todas as cores, "diferentes idades, diferentes amores..." e os teus doces olhos verdes de gato selvagem mas triste como se vivesses sempre abandonado fascinam-me, apesar de saber quase nada a teu respeito. Mas gostava de saber o que tens no teu coração que te faz esboçar o sorriso mais lindo e terno a que tive hipótese de assistir. E presenciar essa doce mistira de olhar e sorriso faz-me questionar a imensidão da beleza que há no mundo. E não saber nada de ti além do nome, dos olhos, do sorriso é ainda mais bonito, porque não trazes desilusão. É assim porque a única coisa que posso descobrir acerca de ti só pode provir da minha imaginação, imaginação essa que não subtrai de ti qualquer defeito porque esse sorriso que não me é dirigido encanta o mais sinistro dos dias, a mais dura das rochas. E isto não é uma canção de amor porque apenas estou apaixonada pelos teus olhos verdes de gato e pelo teu sorriso e apesar de parecer uma imensidão, é ainda pouco. Acho que nunca escrevi simplesmente sobre a beleza mas sabe bem, porque não existem aqui lágrimas derramadas por um amor proibido, não correspondido ou mal retribuído. Representas a descoberta de gostar só por olhar. E talvez eu não queira saber mais nada de ti. Talvez queira apenas admirar-te de vez em quando. Talvez em queira que sorrias para mim com o teu sorriso apenas uma vez, para eu saber o que sentem as pessoas que são directamente alvos dele. Quando sorris os teus olhos verdes de gato iluminam-se e riem também. Acho que os teus olhos se atravessaram no meu caminho para que eu pudesse redifinir o meu cânone da perfeição, e estou grata por poder agora esquecê-lo por mais tempo do que eu julgava possível.

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